O presidente Michel Temer autorizou a liberação de R$ 200 milhões
em emendas orçamentárias para que o Senado rejeitasse as recomendações
do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
O tucano teve o mandato suspenso e foi obrigado a recolhimento noturno
após decisão da Corte. Eram necessários pelo menos 41 votos de um dos
lados para que a decisão valesse, e o placar acabou 44 apoios contra 26.
De acordo com o blog do Josias de Souza, no Uol, os três votos
excedente foram da bancada do Matro Grosso do Sul. Os senadores Simone
Tebet (PMDB), Waldemir Moka (PMDB) e Pedro Chaves (PSC) diziam em
privado que votariam contra Aécio, mas depois do aceno orçamentário
votaram a favor do tucano. Segundo a publicação, o presidente do PMDB e
líder do governo, Romero Jucá (RR), avisou que não iria ao plenário, mas
Temer o estimulou-o a comparecer. O presidente do Conselho de Ética,
senador João Alberto Souza (PMDB), estava com uma cirurgia agendada para
o horário da votação, mas desmarcou. O senador Paulo Bauer (SC), líder
do PSDB, teve um mal súbido e foi levado para o hospital. Depois de
apelo do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ele voltou ao Senado de
ambulância. De acordo com o blog, Temer espera que Aécio ajude a
enterrar na Câmara a segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República
(PGR).