Sigla está perto de implodir
Aécio
Neves (PSDB-MG) não deve esperar uma recepção calorosa de parte de seus
correligionários na volta ao Senado. Logo após a votação que lhe
devolveu o mandato, ala do tucanato reativou a cobrança para que ele
renuncie à presidência do partido –da qual já está afastado. O mineiro
encontrará uma sigla ainda mais dividida e conflagrada. A dúvida é se,
pessoalmente combalido, terá condições de evitar a implosão da legenda
na análise da denúncia contra Michel Temer.
Integrantes
do PSDB começaram a questionar se o partido “ainda faz sentido”. O
grupo que defende a manutenção do apoio ao governo diz que a sigla está
acéfala. Há quem pregue que um colegiado dos seis governadores assuma o
controle.
Os
governistas são contra a renúncia de Aécio. Ponderam que a saída do
mineiro do comando da legenda abriria definitivamente o caminho para a
reeleição de Tasso Jereissati (PSDB-CE), da ala anti-Temer.
Aécio
ligou para agradecer aos senadores que votaram a favor da devolução de
seu mandato. Um dos primeiros a receber o telefonema foi o líder do
governo, Romero Jucá (PMDB-RR).
#Tamosjuntos
O parlamentar de Roraima foi ao Senado com os pontos de uma cirurgia de
diverticulite no corpo. A pessoas próximas, justificou o sacrifício.
Disse que se não aparecesse para defender o retorno de Aécio, os tucanos
ficariam mudos.