Foto: Wilson Dias / Agência Brasil
Os candidatos a prefeito no estado do Rio de Janeiro indicados pelo ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) estão sofrendo o impacto da herança trazida pela aliança com o ex-presidente da Câmara. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, Fábio Silva (PMDB), que concorre em Seropédica, e Helil Cardozo (PMDB), que tenta se reeleger em Itaboraí, estão sendo cobrados pelo apadrinhamento, após Cunha perder o mandato por ser acusado de recebimento de propina no contexto da Operação Lava Jato. Helil quase perdeu a chance se lançar à reeleição: quando a direção fluminense do partido tentou manter Leonardo Picciani na liderança da bancada na Câmara, o deputado Altineu Cortes, filiado no fim do ano passado, tentou ficar com a vaga. O cenário era favorecido com a má avaliação de Helil e o partido chegou a cogitar a substituição – ele ainda pontua mal, aparecendo com 10% nas pesquisas de intenção de voto. No caso de Silva, os ataques por conta do vínculo político são mais diretos. Uma das menções foi feita pelo presidente do PDT, Carlos Lupi, durante comício de Anabal Barbosa (PDT), principal concorrente. "Anabal, não se incomode com gente pequena e rasteira. Essa gente que estava lá em Brasília, puxando o saco do presidente da Câmara, que foi cassado por corrupção, não tem moral para falar do Anabal" afirmou Lupi. Anabal é ex-prefeito na cidade e foi denunciado por envolvimento no caso conhecido como "máfia dos sanguessugas”.
