Agora, presidente diz que repasse foi após a campanha e, por isso, não a atinge
O Globo - Eduardo Barreto
Após
ter dito semana passada que, se houve caixa dois em sua campanha, isso
ocorreu sem seu conhecimento, a presidente afastada, Dilma Rousseff,
adotou nesta segunda-feira nova resposta para a delação de seu
ex-marqueteiro, João Santana. Em depoimento na última quinta-feira, o
publicitário e a mulher dele, Mônica Moura, admitiram ao juiz Sérgio
Moro que os depósitos de US$ 4,5 milhões feitos pelo empresário Zwi
Skornicki na conta do marqueteiro na Suíça eram para pagar dívidas da
campanha presidencial de 2010 sem declaração à Justiça Eleitoral, ou
seja, caixa dois.
Em
entrevista à Rádio França Internacional, Dilma alegou que, como o caixa
dois teria ocorrido após eleição, ele não atingiria sua campanha:
—
Querida, nem o João Santana nem a mulher dele acusaram a minha
campanha. Eles se referem a episódios que ocorreram depois de encerrada a
campanha, e depois que o comitê financeiro da minha campanha foi
dissolvido, dois anos depois. Então não há nenhuma afirmação que atinja a
mim e a minha campanha. E é público e notório que eu jamais autorizei
caixa dois na minha campanha.
Continue lendo: Dilma muda versão sobre caixa dois na campanha eleitoral