O
pré-candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, João Doria Jr., comprou
uma empresa do escritório panamenho Mossack Fonseca para ocultar a
propriedade de um apartamento em Miami (EUA) adquirido em 1998 por US$
231 mil. O imóvel não aparece na declaração de bens do empresário. A
offshore Pavilion Development Limited, de fachada, foi incorporada no
paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas.
Segundo
reportagem publicada pelo jornalista Fernando Rodrigues, no portal
UOL, há contratos, procurações e cópias de passaportes de Doria e sua
mulher junto a mensagens de e-mail referentes à compra da offshore,
dentre os 11,5 milhões de documentos dos Panama Papers, divulgados pelo
Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos.
Comprar
ou abrir uma offshore não é ilegal, desde que a empresa seja declarada à
Receita Federal no Brasil. Nelson Wilians, advogado de Doria, mostrou à
reportagem uma das 27 páginas da declaração de bens de seu cliente no
Imposto de Renda de 2016 na qual a Pavilion Development aparece
declarada. Mas não atendeu o pedido da reportagem para mostrar as
declarações de IR de 1998, quando Doria comprou a offshore, e dos anos
posteriores. O advogado disse que elas só serão apresentadas, à Justiça
Eleitoral, se Doria vier a ser formalizado como candidato.
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