A iniciativa de aliados de Temer poderia encurtar em pelo menos 15 dias o prazo para o julgamento de Dilma
O Estado de S.Paulo
Mesmo
antes da votação pelo Senado do afastamento da presidente Dilma
Rousseff, interlocutores do vice-presidente Michel Temer começaram a
articular com parlamentares a suspensão do recesso parlamentar do meio
do ano. O objetivo é acelerar o julgamento final da petista pelo
plenário e tentar votar o máximo do pacote de medidas econômicas que
deverá ser encaminhado pelo peemedebista ao Congresso até o início da
campanha eleitoral nos municípios, prevista para começar em 16 de
agosto.
A
iniciativa de aliados de Temer poderia encurtar em pelo menos 15 dias o
prazo para o julgamento de Dilma, previsto inicialmente para ocorrer em
setembro. Em caso de afastamento da presidente, que pode ser aprovado
em 11 de maio, o vice assume o comando interino do País por até 180
dias, período em que ela será julgada pelos senadores.
A
ideia do grupo de Temer é acelerar esse processo de forma a antecipar o
prazo para que, em caso de afastamento definitivo de Dilma, o vice seja
confirmado como titular da cadeira presidencial. Dessa forma, dizem
peemedebistas, a realização do recesso parlamentar ajuda Dilma a ganhar
prazo, porque a Comissão Especial do impeachment teria que suspender os
trabalhos. O caminho para se suspender o recesso ainda não está fechado. Procurado
pelo Estado, o presidente do colegiado, Raimundo Lira (PMDB-PB), disse
que não foi requisitado para falar sobre o assunto. "Não tenho nenhuma
informação a esse respeito", afirmou