Perto de ser afastada, presidenta acena para movimentos sociais importantes para a base de uma eventual oposição a Temer
El País - Marina Rossi
Em
contagem regressiva para ser afastada temporariamente da presidência,
Dilma Rousseff saiu em busca de retomar relações com movimentos sociais
que historicamente orbitaram ao redor do PT. Para reconfigurar seu
tabuleiro de aliados, que poderão ser cruciais para a formação de uma
oposição a um eventual Governo Temer, Dilma deu acenos importantes - e
em alguns casos, raros - a movimentos ligados à defesa dos povos
indígenas e da reforma agrária.
No
início deste mês, a presidenta recebeu lideranças do Movimento dos Sem
Terra (MST) no Palácio do Planalto para a assinatura de decretos que
desapropriam terras para a reforma agrária e regularização de quilombos.
Ao todo, foram assinados 25 decretos referentes à desapropriação de
terras em 12 Estados.
No
caminho para atravessar o abril desesperador que o Governo petista
enfrenta, Dilma também mandou acelerar processos de reconhecimento e
homologação de terras indígenas. “A presidenta determinou que nós nos
reuníssemos com os ministérios que também têm interferência na
demarcação das terras indígenas para que nós possamos, o mais rápido
possível, encontrar pontos comuns para adiantar esta pauta”, afirmou o
ministro da Justiça, Eugênio Aragão. “O momento é muito favorável a que
possamos dar vazão às inúmeras iniciativas de declaração, demarcação,
reconhecimento que estão paralisadas.”
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