O
banqueiro André Esteves, do banco BTG Pactual, foi preso pela Polícia
Federal na manhã da sexta-feira, na casa da família, no Rio de Janeiro,
em uma nova fase da Operação Lava-Jato.
Apontado
como um dos envolvidos nas irregularidades que levaram também à prisão o
senador Delcídio Amaral (PT-MS), líder do governo na Casa, na manhã
desta quarta-feira, Esteves é considerado uma das personalidades mais
influentes do mercado financeiro.
Graduado
em Ciências da Computação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, o
empresário começou a carreira no Banco Pactual, em 1989, quando tinha
21 anos e ainda estava na faculdade. Quatro anos depois, tornou-se sócio
da instituição. No fim de 2008, deixou o cargo para fundar a BTG que,
logo depois, recomprou o Banco Pactual.
Assim,
fundou o BTG Pactual, conglomerado que se tornou, hoje, o maior banco
de investimentos do Brasil, responsável por administrar R$ 138,6
bilhões.
Aos
37 anos, André Esteves era o mais jovem bilionário brasileiro. Hoje,
aos 46 anos, acumula um patrimônio de US$ 2,1 bilhões. Segundo a revista
Forbes, o brasileiro está classificado na posição de número 628 no
ranking “Bilionários do Mundo”.
Em
fevereiro deste ano, André Esteves viu seu banco citado pelo doleiro
Alberto Youssef em sua delação premiada. Youssef acusava o pagamento de
uma propina de R$ 6 milhões na venda de postos de combustíveis de uma
distribuidora comprada pelo BTG Pactual para a BR Distribuidora.
Em
junho, o banqueiro foi citado em um bilhete apreendido pela Polícia
Federal, escrito na prisão, pelo presidente da maior empreiteira do
país, Marcelo Odebrecht. No bilhete, Odebrecht utilizava a expressão
“destruir e-mail sondas”.
Esteves
é também acionista da Sete Brasil— empresa investigada pela Operação
Lava Jato e criada para fornecer equipamentos à Petrobrás, entre eles
sondas para exploração de petróleo.