sábado, 28 de novembro de 2015

Um perfil do banqueiro preso



O banqueiro André Esteves, do banco BTG Pactual, foi preso pela Polícia Federal na manhã da sexta-feira, na casa da família, no Rio de Janeiro, em uma nova fase da Operação Lava-Jato.
Apontado como um dos envolvidos nas irregularidades que levaram também à prisão o senador Delcídio Amaral (PT-MS), líder do governo na Casa, na manhã desta quarta-feira, Esteves é considerado uma das personalidades mais influentes do mercado financeiro.
Graduado em Ciências da Computação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, o empresário começou a carreira no Banco Pactual, em 1989, quando tinha 21 anos e ainda estava na faculdade. Quatro anos depois, tornou-se sócio da instituição. No fim de 2008, deixou o cargo para fundar a BTG que, logo depois, recomprou o Banco Pactual.
Assim, fundou o BTG Pactual, conglomerado que se tornou, hoje, o maior banco de investimentos do Brasil, responsável por administrar R$ 138,6 bilhões.
Aos 37 anos, André Esteves era o mais jovem bilionário brasileiro. Hoje, aos 46 anos, acumula um patrimônio de US$ 2,1 bilhões. Segundo a revista Forbes, o brasileiro está classificado na posição de número 628 no ranking “Bilionários do Mundo”.
Em fevereiro deste ano, André Esteves viu seu banco citado pelo doleiro Alberto Youssef em sua delação premiada. Youssef acusava o pagamento de uma propina de R$ 6 milhões na venda de postos de combustíveis de uma distribuidora comprada pelo BTG Pactual para a BR Distribuidora.
Em junho, o banqueiro foi citado em um bilhete apreendido pela Polícia Federal, escrito na prisão, pelo presidente da maior empreiteira do país, Marcelo Odebrecht. No bilhete, Odebrecht utilizava a expressão “destruir e-mail sondas”.
Esteves é também acionista da Sete Brasil— empresa investigada pela Operação Lava Jato e criada para fornecer equipamentos à Petrobrás, entre eles sondas para exploração de petróleo.