O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) desconfiava de que fora gravado pelo filho de Nestor Cerveró, o jovem Bernardo.
O
advogado insistiu para que o encontro fosse na suíte de Bernardo no
hotel, e não no apartamento do parlamentar, onde ele tomava seus
cuidados.
O
chefe de gabinete, Diogo Ferreira, entrou com olhar apurado e estranhou
um chaveiro na mochila do jovem. Era o gravador. Ferreira ligou a TV em
alto som, e sentou-se no sofá entre o senador e a mochila, para abafar a
voz.
A atitude foi descrita na sentença como o motivo da prisão de Ferreira.
O
encontro foi no último dia 4, e desde então Delcídio evitou conversas e
reuniões com Bernardo e o advogado de Cerveró. Na noite de terça,
quando Delcídio soube da reunião sigilosa no STF, chamou seu chefe de
gabinete e alertou para esperar o pior.