Leandro Mazzini - Coluna Esplanada
O
deputado federal André Moura (PSC-SE), fiel escudeiro do presidente da
Câmara, Eduardo Cunha, tem sido a ponte de conversas com o Palácio do
Planalto.
Numa
última tentativa de conquistar os votos dos três petistas no Conselho
de Ética para se salvar da cassação, Cunha alertou os ministros
palacianos que pode prorrogar por mais 60 dias as CPIs do BNDES e Fundos
de Pensão, e criar na Câmara as CPIs do Carf e do Futebol – a exemplo
das que correm no Senado.
Os
ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de
Governo) ainda não responderam. Como notório, as CPIs incomodam os
grandes e principais financiadores de campanha do PT.
Sem
os votos dos três petistas no Conselho de Ética, Cunha não alcança a
maioria para se salvar. O trio tornou-se o fiel da balança. O Conselho
tem 21 votos – Cunha hoje conta 9.
O prazo termina na semana que vem, crucial para os dois lados, diante da iminência do recesso legislativo. A bancada do PT, como antecipou a Coluna, já avisou a Wagner que não vota a favor de Cunha.
Eduardo
Cunha soltou para os aliados que já tem sua decisão para os sete
pedidos de impeachment de Dilma, e anuncia na terça-feira. Pode estar
blefando, ou não, para pressionar o Planalto.