A
investigação contra Cunha na Suíça deixou, pela primeira vez,
peemedebistas aliados e líderes do PSDB preocupados com a sustentação do
presidente da Câmara. "Se aparecer um extrato, aí não tem o que fazer",
diz um tucano. O deputado Carlos Marun (PMDB-MS), que ficou com
prejuízo de R$ 800 por ter organizado o aniversário de Cunha, passou a
quarta-feira atrás dos devedores.
De
um aliado de Renan sobre a conversa marcada com o presidente do STF
(Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, para tratar do
financiamento privado de campanhas eleitorais: "Foi fazer política,
coisa que Cunha não sabe fazer".
A
articulação de Cunha, que condicionou a votação dos vetos à pauta bomba
à análise do veto sobre o financiamento eleitoral, revoltou os
senadores. Na reunião de líderes do Senado com Renan, o presidente da
Câmara foi chamado de "sequestrador" e "chantagista".
O
clima belicoso entre Renan e Cunha se estendeu. Seguranças da Câmara
impediram a entrada de servidores do Senado e barraram Luiz Fernando
Bandeira, secretário-geral da Mesa. (As informações são de Vera
Magalhães na Folha de S.Paulo desta quinta-feira)