O
Palácio dos Bandeirantes decidiu atuar ostensivamente na operação que
prendeu fiscais delatados pelo doleiro Alberto Youssef, por meio de sua
corregedoria, com receio de que o governo Alckmin fosse contaminado pela
Operação Lava Jato. Dois dos fiscais presos já fizeram contribuições
para candidatos a deputado, do PSDB e do Solidariedade. As
investigações, segundo o governo, não apontaram conexão política. A
informação é de Natuza Nery, na Folha de S.Paulo deste sábado.
O
Gedec (Grupo Especial de Repressão a Delitos Econômicos), do Ministério
Público de São Paulo, e a Corregedoria-Geral da Administração
deflagraram nesta sexta (24) a Operação Zinabre, contra agentes fiscais
investigados por envolvimento em suposto esquema de desvio de recursos
do ICMS.
A
apuração teve início após depoimento do doleiro Alberto Youssef para a
força-tarefa da Operação Lava Jato. A suspeita dos promotores paulistas é
que os funcionários públicos cobravam propina a empresários do ramo de
cobre em São Paulo em troca da redução do tributo ou da isenção de
multa.
O
valor efetivamente pago chegou, em alguns casos, a 1% da multa
inicialmente apresentada às empresas. A suspeita é que tenham sido
desviados até R$ 35 milhões.