A presidente Dilma Rousseff (PT) disse hoje (11), em Milão, na
Itália, que o governo tem ganhado mais do que perdido com os resultados
de votações de matérias de interesse do Executivo no Congresso Nacional e
descartou que haja uma “rebelião” do Parlamento. “Eu não chamo de
rebelião votação no Congresso em que há divergências. A gente perde umas
e ganha outras”, afirmou. Dilma ressaltou que o debate de opiniões é
característico da democracia e que não é possível apostar na vitória em
todas as matérias de interesse de um governo. “Nos [países] mais
democráticos é que se torna mais complexa a aprovação, não é? Nos mais
democráticos, onde há liberdade de opinião, onde há uma ampla
manifestação de opiniões, como é o caso dos Estados Unidos.” As
declarações foram feitas depois da visita da presidenta ao Pavilhão do
Brasil na Expo Milão 2015, que tem como tema “Alimentar o Planeta -
Energia para a Vida”. Dilma, que elogiou a feira, caminhou sobre uma
rede instalada no pavilhão para representar a integração de produtores, e
relatou ter sido uma missão “dificílima”. Perguntada se a experiência
pode ser uma metáfora ao seu segundo mandato, a presidenta descartou
semelhanças. “Eu acho que o meu mandato é, eu diria assim, mais firme do
que essa rede”, assegurou. Em seguida, a presidenta relatou mais sobre a
experiência e completou: “Não cai não. Mas a gente, sempre, para não
cair, tem se ser ajudada, não é?”, disse Dilma. Perguntada sobre a
possível revisão da meta de superávit primário – economia feita pelo
governo para pagar os juros da dívida pública –, a presidenta afirmou
que o objetivo é manter a meta. “Não houve nenhuma decisão, o
Planejamento não está ainda colocando isso, de maneira alguma. Agora, a
gente avalia sempre, e vamos fazer todos os esforços para manter a meta.