Após reunião da presidente Dilma Rousseff com os ministros que
integram a coordenação política, o ministro Eliseu Padilha (Aviação
Civil) afirmou que o governo irá para o "embate político" nas votações
no Congresso Nacional. Padilha foi questionado sobre as chamadas
pauta-bomba que o governo pode ter de enfrentar no segundo semestre, que
são temas delicados para o Planalto, como projeto que muda a correção
dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), passando
de 3% para cerca de 6%.
O governo alega que o projeto afetará programas habitacionais, como o
Minha Casa Minha Vida, e obras de saneamento básico, financiadas com
recursos do fundo. O Governo também vai enfrentar a votação do projeto
que reduz desonerações na folha de pagamento, que é defendido pelo
Planalto, mas já teve a análise adiada no plenário da Câmara por falta
de acordo.
Além disso, há debates polêmicos na pauta do Congresso, como redução
da maioridade penal e o financiamento privado de campanha. "Temos que
agir agora para que tenhamos condições, politicamente, de fazer com que a
base, que é numericamente muito vantajosa, se posicione de forma
majoritária nessas votações. Vamos para o embate político", afirmou.
Padilha argumenta que algumas pautas-bomba podem ter efeitos a serem
"consumados por muito tempo", e não só no mandato da presidente Dilma
Rousseff. "Queremos mostrar que a pauta-bomba não destrói o Governo. Ela
destrói é a expectativa positiva de todos os brasileiros", disse.
Em reunião com o seu conselho político, Dilma analisou “o que virá”
no início do segundo semestre no Congresso Nacional e assistiu a uma
apresentação do ministro Nelson Barbosa sobre a revisão da programação
fiscal do governo. Na semana passada, o governo anunciou a redução da
meta fiscal para 2015, além de anunciar um novo corte no Orçamento.