O
desempenho de Jair Bolsonaro na pesquisa MDA chamou a atenção.
Dirigente de partido de oposição diz que os cerca de 5% podem decidir
2018. Cita o pleito de 2014, definido por 3,2% de votos. A
desmoralização do PP governista (Lava-Jato) abre portas para sua
candidatura. Se vingar, num 2º turno, o voto do segmento não irá por
gravidade para outro candidato. Mas de forma organizada e será
negociada.
O fermento à direita
O
Movimento Brasil Livre, o Revoltados Online e o S.O.S. Forças Armadas,
vinculados ao que se define como direita, foram a vanguarda e usaram as
redes sociais para chamar o protesto de 15 de março. Pregam contra o
comunismo, pelo combate à corrupção e contra a interferência do Estado
na economia. O Revoltados elegeu Jair Bolsonaro como maior porta-voz de
suas ideias. O S.O.S. prega a intervenção militar. Todas essas
organizações vão às ruas atacando as cotas, os nordestinos, os sem-teto e
alguns usam símbolos como a suástica nazista. A corrupção (nos governos
do PT) e o descrédito do Congresso e dos partidos (pesquisa MDA) criam a
química perfeita para o ressurgimento dessa força.
O
potencial de uma candidatura como a de Jair Bolsonaro (4,6%) ou Ronaldo
Caiado (1% nas pesquisas), diz o cientista político Alberto Carlos de
Almeida, “não tem expressão real”. Espiridião Amin (PPR) fez 2,7% dos
votos no pleito de 1994.