A defesa do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato,
condenado por envolvimento no mensalão, entrou com recurso, hoje, para
tentar impedir sua extradição ao Brasil. A apelação foi feita ao
Conselho de Estado, segunda e última instância da Justiça
Administrativa.
A liminar foi depositada um pouco antes do meio-dia (7h no horário de
Brasília), quando fecha o departamento de recursos do Conselho.
Pizzolato atualmente está preso em Modena.
Depositado em caráter de urgência, o recurso será analisado pelo juiz
de turno que pode acolher ou não o pedido. Em casos urgentes, a
resposta pode ser dada inclusive aos sábados pelo juiz de plantão.
Caso seja acolhido o pedido, a extradição poderá ser suspensa
novamente até a data da audiência - ou Pizzolato poderá ser mandado de
volta ao Brasil para aguardar o julgamento do caso.
Os advogados do ex-diretor estão correndo contra o tempo, porque o
governo brasileiro já acenou que virá busca-lo na segunda-feira,
primeiro dia do prazo estipulado para a extradição. Segundo Vladimir
Aras, secretário de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da
República (PGR), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já
articulou com o Ministério da Justiça para que a Polícia Federal vá
buscar Pizzolato "no primeiro minuto do primeiro dia de prazo".