sábado, 20 de junho de 2015

Odebrecht: “Bufando, com raiva e muito agitado"


Levado à superintendência da PF em São Paulo, Marcelo Odebrecht foi colocado num auditório com outros presos. Estava "inconformado", "bufando", "com raiva" e "muito agitado", nas palavras de agentes que o escoltaram. Relatório da Polícia Federal que embasou as prisões sustenta que a Odebrecht se envolveu no esquema da Petrobras antes de Marcelo Odebrecht chegar à presidência da empresa. A informação é de Mônica Bergamo, na sua coluna deste sábado.  Com mais os detalhes abaixo:

Os agentes apontam no texto, porém, que "muitos pagamentos se sucederam" após Marcelo ter galgado o posto, "sendo certo que as atividades praticadas [...] não poderiam passar ao largo do dirigente".

Advogados de outras empreiteiras investigadas na Lava Jato que se debruçaram sobre o despacho de Moro dizem que a justificativa para as prisões de ontem é muito mais frágil que as de seus próprios clientes.

No habeas corpus que impetrarão, os advogados da Odebrecht vão tentar desqualificar tanto o e-mail citado por Moro para implicar Marcelo Odebrecht quanto o suposto pagamento de propina de US$ 300 mil a Pedro Barusco na Suíça.

A defesa dirá que o "sobrepreço" citado no e-mail é um termo técnico (não superfaturamento), e que Barusco teria comprado títulos (bonds) da empresa.