O
governo estadual se posicionou em relação à crise hídrica do Vale do
São Francisco, que ameaça 120 mil hectares de fruticultura irrigada e
cerca de 900 mil empregos diretos e indiretos na região.
A
posição foi dada nesta terça-feira (9) pelo secretário da Casa Civil,
Bruno Dauster, em audiência com os deputados estaduais Eduardo Salles e
Zó e com Josival Barbosa, presidente da AFRUPEC (Associação dos
Fruticultores do Perímetro Irrigado de Curaçá) e membro da Comissão de
Produtores dos Perímetros Irrigados de Curaçá, Maniçoba, Mandacaru e
Tourão, representando todos os produtores da região.
O
secretário Bruno Dauster se comprometeu a enviar uma carta ao ministro
da Integração Nacional, Gilberto Occhi, e ao presidente da ANA (Agência
Nacional de Águas), Vicente Andreu, solicitando uma posição em relação
aos riscos de encerrar o fornecimento de água para a irrigação e
negociando com o governo federal a compra de flutuantes. Os equipamentos
podem bombear água para os canais de irrigação caso o Lago de
Sobradinho chegue em seu volume morto.
Se
houver necessidade de uma contrapartida na compra dos flutuantes, o
governo estadual se colocou à disposição para realizá-la. De acordo com
orçamento feito pela CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento do Vale do
São Francisco), são necessários aproximadamente R$ 10 milhões para a
implantação dos equipamentos nos perímetros irrigados da Bahia. Depois
de encomendados, ficam prontos em um prazo de 90 dias, conforme os
fabricantes.
“Parabenizo
o governo pelo posicionamento em relação a esse problema que muito me
preocupa e aguardo, ansioso, pelo final deste mês, prazo dado pelo
secretário para que tenhamos uma resposta do governo federal e uma
posição definitiva do governo estadual”, comemorou Eduardo Salles.