Do Blog do Josias
Relator dos inquéritos da Operação Lava Jato no STF, o ministro Teori
Zavascki ordenou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do deputado
federal Aníbal Gomes (PMDB-CE). Ele é investigado no mesmo inquérito que
envolve o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Em ofício enviado à Receita Federal, Teori determinou que sejam
abertos os dados fiscais de Aníbal referentes ao período de 1° de
janerio de 2008 a 31 de dezembro de 2014. Ao Banco Central, o ministro
requisitou as informações bancárias do deputado de 20 de setembro de
2008 até 20 de maio de 2011.
Em depoimentos aos membros da força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba,
o delator Paulo Roberto Costa disse ter recebido apoio político de
Renan e Aníbal para se manter na diretoria de Abastecimento da
Petrobras. Ele também disse ter depositado R$ 5,7 milhões de má origem
na conta do escritório do advogado Paulo Baeta Neves. O dinheiro seria
repassado ao deputado Aníbal. O advogado também teve os sigilos
quebrados.
Nas poucas vezes em que se manifestou sobre o tema, Renan declarou que nunca autorizou Aníbal a falar em seu nome.