Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil
condenado no processo do mensalão, pode ser solto na Itália antes mesmo
da decisão de uma eventual extradição ao Brasil. No final de abril, o
governo italiano havia dado o sinal verde para a extradição do
brasileiro, mas na semana passada, o Tribunal Administrativo de Roma
acatou um recurso de Pizzolato e marcou uma audiência para o dia 3 de
junho para julgar a liminar dos advogados do brasileiro. O problema é
que, no próprio decreto do tribunal, os juízes apontam que a data final
para que o Brasil organizasse a extradição seria 31 de maio. Como a
audiência ficou marcada apenas para o dia 3, tanto o Ministério da
Justiça da Itália como autoridades brasileiras confirmam que Pizzolato
poderia ser solto no dia 31 de maio, aguardando em liberdade a
audiência. Hoje, ele está preso em Módena. Brasília agora tenta impedir
que os advogados de Pizzolato usem uma brecha legal para obter a soltura
do cliente.