De
olho em mais cargos e ministérios desde a reeleição da presidente Dilma
em novembro, o PT da Câmara – que há muito exige mais espaço –
aproveitou a votação da MP 665 para botar a faca no pescoço do Governo.
Pegou
mal no Planalto a pressão do líder do Governo na Câmara, José
Guimarães, que foi ao vice-presidente Michel Temer em nome dos petistas
reclamar o Ministério do Trabalho para o partido, quando a pauta era a
prioridade da aprovação do ajuste fiscal.
Desde
o início do debate, o PDT, que controla o ministério e votou em peso
contra a MP, indicava ser contra as novas regras por questões históricas
da legenda.
E
desde a ‘traição’ do PDT, o PT usa sua força na mídia, em sites
petistas camuflados de noticiosos, e com aval de Aloizio Mercadante
(Casa Civil), para pressionar pela boquinha.
Alguns
governistas, de variados partidos, declararam discretos que não é hora
de o PT exigir da presidente um ministério usando a votação do PDT como
pretexto.
De
acordo com um ministro palaciano, Dilma ficou insatisfeita com o PDT,
mas mais triste ainda com a atitude do PT, que exibe seu apetite num
momento em que ela precisa da base.