Homem forte do marketing político da presidente, Dilma Rousseff, o
badalado marqueteiro baiano João Santana, está sob investigação em
inquérito da Polícia Federal. A suspeita é que duas empresas de Santana
podem ter trazido de Angola para o Brasil em torno de US$ 16 milhões em
2012 (R$ 33 milhões de acordo com o câmbio da época) em uma suposta
operação de lavagem de dinheiro que teria como objetivo beneficiar o
Partido dos Trabalhadores. À Folha, Santana disse que não pratica
irregularidade e afiram que a suspeita de operação de lavagem de
dinheiro para o PT não tem sentido. Em 2012, Santana trabalhou em duas
campanhas vitoriosas, a do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e
a do presidente de Angola, José Eduardo dos Santos. Os policiais
suspeitam que os recursos de Angola tenham sido pagos ao marqueteiro por
empreiteiras brasileiras que atuam no país africano. A hipótese sugere
que essa forma seria uma maneira indireta de o PT quitar débitos
passados com o marqueteiro, que ganhou R$ 36 milhões pela campanha de
Haddad, em valores corrigidos pela inflação.