O
governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), reforçou a tese da cautela
contra a afobação de parlamentares do seu partido pelo afastamento da
presidente Dilma Rousseff.
Em entrevista ao Broadcast Político, ele diz que o impeachment não é uma panaceia:
"O
Brasil vive um momento crítico, fruto de muita bobagem feita nos
últimos tempos (pela gestão petista), mas não será num estalar de dedos
que se vai conseguir superar tudo isso. E eu entendo a preocupação de
FHC, que é a minha também. Num cenário com o atual, acho importante não
imaginar que existe um remédio único, uma panaceia, isso pode terminar
levando a uma frustração posterior e a mais complicações."
Segundo ele, "um partido de oposição não poderia deflagrar este processo, chamariam de golpe."
Jatene
afirma que um dos problemas mais graves que o País enfrenta hoje é a
perda de representatividade geral dos partidos. E ressalta ainda que a
aliança nacional entre o PT e PMDB é insuficiente para garantir a
governabilidade do País. "Ela (aliança) não é insuficiente no quesito
numérico no Congresso, mas insuficiente no sentido de representar a
sociedade, no sentido de ter a confiança da Nação, essa é a coisa mais
séria" (leia mais).