Senadores
da base e da oposição relataram que Renan Calheiros (PMDB-AL) passou a
fazer gestos mais ostensivos contra a aprovação de Luiz Edson Fachin
para o Supremo. O presidente do Senado teria argumentado em conversas
reservadas que a indicação era temerária e que a escolha de Dilma
Rousseff não respeitava a Casa. A informação chegou à presidente e ao
Palácio do Planalto, o que contrariou Renan. Ele passou a classificar os
relatos como uma história "plantada" pelo governo.
O
Planalto fazia contas de que Fachin teria 61 votos no plenário do
Senado --20 a mais que os 41 necessários. Com as movimentações de Renan,
admite que pode ter que refazer as contas.
Parlamentares
ficaram incomodados com duas visitas feitas à sabatina pelo
secretário-geral da mesa do Senado, Luiz Fernando Bandeira de Mello
--braço-direito de Renan. Bandeira conversou com Ricardo Ferraço
(PMDB-ES), que declarou voto contra Fachin. (Vera Magalhães – Folha de
S.Paulo)