O trecho da denúncia da promotora Isabel Adelaide Moura que
descreve a morte de Geovane Mascarenhas de Santana, pelos quais 11
policiais foram denunciados, mostra os sinais de crueldade cometidos na
ação (veja aqui e aqui).
“Agiram os acusados de maneira a impedir qualquer ação defensiva da
vítima, sendo ela surpreendida, presa e mantida sob a guarda dos
denunciados quando então foi subjugada e morta, com a ressalva, de que,
de acordo com a perícia, foi ela decapitada quando se encontrava em
posição vertical perante o solo, portanto, ajoelhada e humilhada”, diz o
documento divulgado pelo jornal Correio. Foram denunciados por
sequestro, roubo, tortura, homicídio qualificado e ocultação de cadáver:
o subtenente Claudio Bonfim Borges; os sargentos Gilson Santos Dias e
Daniel Pereira de Souza Santos; e os soldados Jesimiel da Silva Resende,
Jailson Gomes Oliveira, Claudio Cezar Souza Nobre, Fábio sodré Lima
Masavit Cardozo, Jocenilton dos Santos Ferreira, Roberto Santos
Oliveira, Alan Moraes Galiza dos Santos e Alex Santos Caetano.Na peça
encaminhada ao 1º Tribunal do Júri, a promotora Isabel Adelaide afirma
ainda que os PMs acusados estavam todos na sede da Rondesp BTS (Baía de
Todos os Santos), no Lobato, “onde ceifaram a vida da vítima,
retirando-lhe as mãos, a genitália e a cabeça; e ainda extraíram de seu
corpo partes tatuadas para evitar a identificação”.