Preso
na manhã desta sexta-feira (10) em nova fase da Operação Lava Jato, o
ex-deputado Luiz Argolo (SD-BA) usou a mãe e o pai como “laranjas” para
negociações e receber pagamentos. Segundo informações do jornal Folha de
S. Paulo, Argolo negociou a locação de maquinário pesado para uma obra
tocada pelo consórcio MGT na Bahia. O então parlamentar não tinha os
equipamentos e recorreu ao doleiro Alberto Youssef, que em fevereiro de
2013, deu um sinal de R$ 512 mil pelos contratos de locação com opção de
compra de uma escavadeira Doosan S340 no valor de R$ 680.156,44 e dois
tratores compactadores Bomag, no valor de R$ 280.484,00 cada. A operação
foi feita pela Malga Engenharia, controlada por Youssef e supostamente
da qual Argolo seria sócio-oculto. O deputado também participou da
operação como fiador da opção de compra das máquinas. Já sua mãe, Vera
Lúcia de Barros Correia, está no contrato como “fiel depositária” da
escavadeira e dos tratores. No mesmo ano em que o negócio foi firmado, o
pai do deputado, Manoelito Argolo, recebeu um depósito de R$ 60 mil
feito pela contadora de Youssef, Meire Poza, a pretexto da venda de um
terreno de 111 mil m² do ex-deputado. Os R$ 47 mil restantes da
transação foram pagos a Élia dos Santos Hora, “braço-direito” de Argôlo
em seu escritório político.