A
Justiça Federal no Paraná determinou a transferência de 12 presos da
Operação Lava Jato da Custódia da Polícia Federal em Curitiba para o
Complexo Médico-Penal de Pinhais, região metropolitana da capital
paranaense. Entre os presos que serão transferidos estão o ex-diretor de
Serviços da Petrobras, Renato Duque, elo do PT na estatal, e o lobista
Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano, operador do PMDB na
Diretoria de Internacional da Petrobras. A decisão é do juiz Sérgio
Moro, que conduz todas as ações da Lava Jato. Moro atendeu um pedido da
PF, que alegou não ter mais espaço nas dependências da custódia e ante a
iminência de novas prisões ocorrerem no âmbito da investigação sobre
corrupção e propinas na Petrobras. A carceragem da PF tem apenas seis
celas. Moro não autorizou a remoção do ex-diretor de Internacional da
estatal Nestor Cerveró, porque ele está recebendo acompanhamento de
psicólogos na PF. Cerveró foi preso em janeiro. O juiz também manteve na
Custódia da PF o empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, a
pedido da Procuradoria da República. Pessoa está "em tratativas" para
fazer delação premiada. Entre os que serão transferidos, além de Renato
Duque e Fernando Baiano, estão o engenheiro Adir Assad e os empresários
Léo Pinheiro, da OAS, e Erton Fonseca, da Galvão Engenharia, e o lobista
Mário Góes.