sexta-feira, 27 de março de 2015

Eduardo Salles, Zó, Adolfo Viana e Luciano Simões Filho representam a Bahia na União Pelo Nordeste




Eduardo Salles é um dos quatro deputados estaduais baianos escolhidos para representar o Estado no movimento União Pelo Nordeste, que pretende cobrar ao governo federal recursos para melhorias na região, principalmente no que diz respeito à questão da crise hídrica. "Acho que o movimento vai ter uma caminhada longa e efetiva. A iniciativa de unir as Assembleias Legislativas dos estados nordestinos é inédita e muito importante", parabenizou o parlamentar.

O movimento União Pelo Nordeste foi apresentado nesta quinta-feira (26) aos parlamentares baianos em uma sessão da Comissão de Agricultura e Política Rural da ALBA (Assembleia Legislativa da Bahia), com a participação dos deputados pernambucanos Claudiano Filho, Miguel Coelho, Rodrigo Novaes e Oldaci Amorim, idealizadores do projeto.

O grupo percorrerá todo o Nordeste para apresentar o movimento e recrutar representantes de cada estado. Além de Eduardo Salles, os deputados Zó, Adolfo Viana e Luciano Simões Filho vão representar a Bahia.

OBJETIVO
O Fórum União Pelo Nordeste tem como principal objetivo promover o debate sobre os problemas socioeconômicos que atingem as áreas mais carentes da região, em especial as que são afetadas pela seca.

Para Eduardo Salles, o movimento pode ajudar a solucionar os problemas no Vale do São Francisco, que atravessa um momento crítico. "A região deve ser vista como um todo. Os estados devem se unir para encontrar soluções para o problema do Vale, e não pensar apenas nas questões locais", opinou o deputado, que já tem ideias para os próximos passos do movimento. "Temos que levar propostas concretas e materiais técnicos ao governo federal". 

O movimento não se identifica com nenhum partido político. "É uma luta suprapartidária. Vamos formar uma pauta conjunta de todo o Nordeste", disse o deputado Vitor Bonfim, presidente da Comissão de Agricultura e Política Rural da ALBA.

LAGO DE SOBRADINHO
Atualmente, o Lago de Sobradinho se encontra com apenas 17% de sua capacidade. No mesmo mês do ano passado, o volume útil era superior a 50% e, segundo dados do Operador Nacional do Sistema, em agosto a barragem deve entrar no seu volume morto. "Fui secretário de Agricultura por seis anos e convivo com irrigação há muito tempo, pois sou formado em agronomia, e nunca vi situação igual. Não podemos esperar que o caos se instale para então tomarmos providências", se preocupa Eduardo Salles. 

A região do Vale do São Francisco tem mais de 120 mil hectares irrigados e a seca ameaça 240 mil empregos gerados pela agricultura. A solução emergencial, apontam os deputados, é a construção de flutuantes que, no futuro, bombearão a água para canais. Para isso, é necessário um investimento cerca de R$ 100 milhões, que será solicitado pelo grupo junto ao BNDES.