O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendeu que o
impedimento de um presidente é algo grave e que exige previsões
constitucionais. Em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, na noite de
ontem, ele advogou pela tese de que um presidente não pode ser afastado
do cargo por um ato anterior ao mandato que está exercendo. E comparou à
situação recente por qual passou o Paraguai, com afastamento de
Fernando Lugo no que foi considerado um golpe pelo Brasil.
“Não posso achar que o Brasil virou uma ‘republiqueta’ e que podemos
tirar o presidente democraticamente eleito. O Brasil não pode fazer como
o Paraguai, que tirou o Lugo do dia pra noite porque ele perdeu apoio,
vai ser um impeachment atrás do outro se isso acontecer.”
O presidente da Câmara disse ainda ser a favor do parlamentarismo
como sistema de governo, mas que falar nisso agora soaria golpista,
então que preferiria plantar uma semente deste debate para o futuro.