A
Polícia Federal prendeu, pouco depois da 0h30 desta quarta-feira (14), o
ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró. Ele foi
detido ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no
Rio de Janeiro, acusado de envolvimento na Operação Lava Jato.
Por
meio de nota, o Ministério Público Federal informou que foi cumprido um
mandado de prisão preventiva, já que 'há indícios de que o ex-diretor
continua a praticar crimes e se ocultará da Justiça'. Ele deve ser
levado para a sede da Polícia Federal em Curitiba (PR) ainda nesta
quarta.
A
nota do MPF relata ainda que nesta terça-feira (13) foram cumpridos
mandados de busca e apreensão na casa de Cerveró e de parentes, 'em
função de seu envolvimento em novos fatos ilícitos relacionados os
crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro que foram denunciados
recentemente'.
O
MPF assegura ainda ter obtido informações do Conselho de Controle de
Atividades Financeiras (COAF) de que logo após o recebimento da denúncia
e durante o recesso do Judiciário, o ex-diretor tentou transferir para
sua filha R$ 500 mil - mesmo considerando que com tal operação haveria
uma perda de mais de 20% da aplicação financeira.
O
ex-diretor, ainda segundo o MPF, também teria transferido recentemente
três apartamentos adquiridos com recursos de origem duvidosa, em valores
menores do que eles valeriam, de R$ 7 milhões por R$ 560 mil.
O
Ministério Público Federal encerra a nota justificando que 'a custódia
cautelar é necessária, também, para resguardar as ordens pública e
econômica, diante da dimensão dos crimes e de sua continuidade até o
presente momento, o que tem amparo em circunstâncias e provas concretas
do caso'.