Presos
há mais de 60 dias, os 11 executivos que estão na carceragem da Polícia
Federal em Curitiba (PR) vivem uma rotina que tem deixado alguns bem
abalados psicologicamente, revela Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo de
hoje. Diz a colunista que apesar do tratamento cortês dos carcereiros,
eles são submetidos a regras como a de ficar de cócoras contra a parede
no fundo da cela, quando vão receber a bandeja de comida.
'Um dos mais
abalados é Eduardo Leite, vice-presidente da Camargo Corrêa, que aguarda
o julgamento do quarto habeas corpus, após três negativas para esperar o
julgamento em liberdade ou em prisão domiciliar. O novo pedido será
analisado pela ministra Laurita Vaz, do STJ. 'A prisão preventiva virou
antecipação de condenação', diz Antonio Mariz de Oliveira, advogado de
Leite. 'Parece uma forma de forçar a delação premiada. Uma tortura
psicológica e moral.'