domingo, 25 de janeiro de 2015

Após a eleição, grupo de Marina Silva se dissolve


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Três meses após a eleição presidencial, a ex-senadora Marina Silva, que chegou a liderar as pesquisas de intenção de voto, submergiu e viu o núcleo político de sua candidatura se esfacelar. Os dois coordenadores da campanha de Marina, Walter Feldman e Luiza Erundina, afastaram-se da candidata e do esforço de criação de seu futuro partido, a Rede Sustentabilidade.
A equipe que organiza a fundação da Rede também sofreu baixas. Um grupo de militantes rompeu com Marina e agora tenta criar outro partido, o Avante, inspirado no Podemos espanhol.
A ex-presidenciável não é vista em público há mais de um mês. Sua última aparição foi no lançamento de um conjunto de propostas do Instituto Democracia e Sustentabilidade, em 12 de dezembro.
Parte do isolamento de Marina deve-se à decisão de apoiar o tucano Aécio Neves no segundo turno da eleição presidencial, caminho que dividiu os marineiros. Para Erundina, a opção foi 'equivocada' e 'incoerente'.
SUMIÇO INACEITÁVEL 
'Marina criticava a polarização entre PT e PSDB, mas decidiu aderir a um dos polos. Foi uma contradição com o discurso que ela fez na campanha', afirma a deputada, que se aproximou dos dissidentes da Rede engajados na organização do Avante.
Erundina também critica o sumiço de Marina, que não compareceu nem às posses de aliados, como a do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB). Para a deputada e ex-prefeita de São Paulo, quem recebeu 22 milhões de votos em outubro não deveria se omitir no momento em que o governo anuncia medidas impopulares, como o aumento de impostos e o corte de benefícios sociais.