segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Ação para evitar morte de outro brasileiro na Indonésia


Rodrigo Gularte, 42, com execução marcada para fevereiro, foi diagnosticado com esquizofrenia; lei veta a pena para doente mental
Prisioneiro, porém, se recusa a ser internado; prima dele irá visitá-lo nesta segunda para tentar convencê-lo. Abalada, a mãe, Clarisse Gularte, 69, não quis viajar.


 A defesa e os familiares de Rodrigo Muxfeldt Gularte, 42, tentam interná-lo às pressas em um hospital psiquiátrico para que o brasileiro não seja executado na Indonésia. Rodrigo está na lista, em fuzilamento programado para fevereiro, mas ainda sem data definida. O brasileiro foi condenado à morte por tráfico de drogas, assim como Marco Archer Cardoso Moreira, 53, fuzilado às 15h30 de sábado (17), no horário de Brasília.
Rodrigo foi diagnosticado com esquizofrenia, atestado por laudo psiquiátrico -- feito a pedido da defesa dele por médico indonésio --, mas se recusa a ser internado, por acreditar que está são.
Paranaense, de família de classe alta, Rodrigo foi preso em 2004, no aeroporto de Jacarta, ao tentar entrar no país, com 6 kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe.  Se Marco Archer nunca escondeu ter sido um traficante de drogas, Rodrigo era 'mula' -- recebia dinheiro para carregar entorpecentes. Estava deprimido e chegou a tentar suicídio, ao colocar fogo no colchão de sua cela. Também ao contrário de Marco, ele se recusa a falar com familiares e a receber visitas. Transtornado, ele já se recusou, inclusive, a ver mãe. (Da Folha de S.Paulo - Ricardo Gallo)