terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Planalto faz sondagens para substituir Graça Foster



 O governo Dilma começou a avaliar nomes para uma eventual saída de Graça Foster do comando da Petrobras. Segundo a Folha apurou, a presidente gostaria de mantê-la no cargo, mas não descarta que a manutenção de sua amiga se torne inviável. Integrantes do Executivo já iniciaram sondagens informais em busca de substitutos não só para Graça Foster como para as demais diretorias da estatal. Um dos nomes citados é o do atual presidente da Vale, Murilo Ferreira.
Se decidir pela troca, sua intenção é fazer a mudança como mais uma etapa da reforma ministerial, fazendo o anúncio também das novas diretorias de bancos públicos e da Itaipu Binacional.
Assessores presidenciais disseram que Dilma teme que novas revelações da funcionária Venina Velosa da Fonseca, que alertou Graça Foster por e-mail sobre irregularidades na estatal, eliminem as condições para que ela siga à frente da empresa.
A ex-gerente de Abastecimento da Petrobras deve depor nos próximos dias, em Curitiba. Ela trabalhou com o ex-diretor Paulo Roberto Costa, um dos principais envolvidos no esquema.
O governo trabalha com a possibilidade de Venina Fonseca cumprir suas ameaças e revelar novos detalhes dos alertas que teria feito não só a Graça Foster mas a outros diretores da estatal.
Segundo auxiliares, Dilma não acredita no envolvimento de Graça em irregularidades na estatal. Avalia que ela é vítima da limpeza que realizou na empresa, pois foi a responsável por trocar toda a diretoria quando assumiu o comando da Petrobras.
O problema, reconhecem assessores de Dilma, é que pode colar na imagem da presidente da estatal a avaliação de que ela não deu a devida importância aos alertas que teria recebido da ex-gerente da Petrobras. Fornecedores têm reclamado que o ritmo da estatal diminuiu e que há atraso nos pagamentos.