Onda de aumentos começa com alta de 22% nos salários dos ministros do STF
Deputados e senadores querem elevar o contracheque de R$ 26,7 para R$ 35,9 mil, o mesmo que o Supremo
Da Folha de S.Paulo - Ranier Bragon e Márcio Falcão
O reajuste nos
contracheques das principais autoridades do país, medida que deve ser
aprovada pelo Congresso nesta semana, produzirá um efeito cascata com
impacto anual de pelo menos R$ 3,8 bilhões aos cofres públicos.
Isso porque a
Constituição vincula salários de deputados estaduais, vereadores,
juízes, desembargadores, promotores e procuradores de Justiça ao valor
recebido pela cúpula dos poderes Legislativo e Judiciário.
A onda de reajuste
começará com a atualização dos vencimentos dos ministros do STF
(Supremo Tribunal Federal), a instância máxima da Justiça brasileira.
Hoje cada um dos
11 ministros do Supremo recebe R$ 29,4 mil mensais, o que representa o
teto salarial do funcionalismo público. O projeto que deve ser aprovado
pelo Congresso eleva esse valor para R$ 35,9 mil a partir de 2015, alta
de 22%.
Isto feito, o
salário dos outros 77 ministros dos demais tribunais superiores também
será elevado automaticamente, com base no mesmo índice de reajuste.
Além do Judiciário
e do Legislativo, a atualização também chegará ao salário da presidente
Dilma Rousseff, de seu vice, Michel Temer, e dos 39 ministros, que hoje
ganham o mesmo que os congressistas: R$ 26,7 mil ao mês.
Para Dilma, Temer e
ministros, o incremento seguirá o que o Congresso definir para seus
próprios integrantes: ou irá para R$ 33,7 mil ou para R$ 35,9 mil.