O
ex-diretor Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, foi
indiciado em nove crimes cometidos antes de fugir para a Itália, no fim
do ano passado, e relacionados ao uso de documentos falsos em nome do
irmão Celso Pizzolato, morto em 1978. Segundo a Polícia Federal, o
ex-diretor do Banco do Brasil utilizou a documentação falsa para
diversas finalidades, entre os anos de 2007 a 2010. Em outubro de 2008,
votou com a identidade de um parente. Em 2009, solicitou a segunda via
do CPF do irmão, além de pedir alteração dos dados cadastrais. Henrique
Pizzolato também foi indiciado por requerer passaporte italiano por
meio de documentação falsificada. De acordo com a PF, a pena prevista em
lei a cada um dos nove pode variar de um a cinco anos de reclusão”.
Pizzolato foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 12 anos e
sete meses de prisão por lavagem de dinheiro e peculato na Ação Penal
470, o processo do mensalão. Ele fugiu para Itália em setembro do ano
passado, antes do fim do julgamento no STF. Ele foi preso em fevereiro
em Maranello (Itália). Em junho, a corte iniciou o julgamento, mas em
seguida suspendeu a sessão para solicitar esclarecimentos ao governo
brasileiro sobre as condições dos presídios nacionais. A Justiça
italiana negou a extradição de Pizzolato para o Brasil, aceitando o
argumento da defesa de inadequação do sistema prisional brasileiro.