Após
mais de duas horas de reunião a portas fechadas, senadores e deputados
do PSC decidiram nesta quarta-feira (8), em Brasília, apoiar a
candidatura de Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República. O partido,
que teve Pastor Everaldo como candidato no primeiro turno, ficou em
quinto lugar no resultado final do Tribunal Superior Eleitoral. Pastor
Everaldo explicou que o senador tucano pediu apoio na segunda-feira (6),
mas, antes de oficializar a posição, precisou ouvir representantes do
PSC nos estados e nas bancadas da Câmara e do Senado. “Pelos seus
ideais, o partido faz opção pelo senador Aécio Neves. Estaremos daqui a
pouco com ele para manifestar nossa decisão em favor do seu nome”,
disse. Segundo ele, a mudança de rumo político do PSC, que já compôs a
base do atual governo, foi motivada pelas denúncias envolvendo o PT e
outros partidos aliados. “Isso nos impulsionou a optar por Aécio Neves.
Foi um dos principais e mais relevantes motivos”, salientou. O
ex-candidato à Presidência da República disse que PSC não exigirá
mudanças no programa de Aécio. Acrescentou que as propostas do partido e
as do PSDB são semelhantes. Entretanto, adiantou que cobrará de Aécio
Neves, caso eleito, “muito trabalho para devolver o Brasil para os
brasileiros”. No primeiro turno, Pastor Everaldo conquistou 780 mil
(0,75%) votos nas urnas, ficando atrás de Dilma Rousseff (PT), Aécio
Neves (PSDB), Marina Silva (PSB) e Luciana Genro (PSOL), que teve mais
de 1,5 milhão dos votos. O PSC não elegeu senadores, mas vai continuar
com Eduardo Amorim (SE) na Casa. No último domingo (5), Amorim perdeu a
disputa pelo governo do estado. Entretanto, ainda tem quatro anos de
mandato no Senado, para onde foi eleito em 2010.