A
passagem de Dilma ontem por Pernambuco atraiu um grande público, tanto
em Petrolina, logo cedo, por onde a agenda teve início, quanto em Goiana
e Recife. Em Goiana, Dilma e Lula estiveram primeiro na Fiat e depois
seguiram para o comício regional, que atraiu aliados de vários
municípios da região.
O
locutor citou a presença de delegações de vários municípios da Zona da
Mata e também do Agreste, mas o local não ficou lotado, como se
esperava. Havia muitos clarões. A forte segurança e a demora na chegada
de Dilma podem ter colaborado para isso. Mal-educados, seguranças
chegaram a bater boca com populares.
Já
no Recife, uma multidão acompanhou a caminhada até a Pracinha do
Diário, fazendo barulho, num clima de muita euforia, deixando a cidade
avermelhada. O comício reuniu, segundo a Polícia Militar, 52 mil
pessoas.
Ele
ocorreu após a caminhada saída da Câmara dos Vereadores, passando pela
Conde da Boa Vista, Avenida Guararapes e culminando na Praça da
Independência.
Coube
a Lula um papel especial: o de atacar Aécio. Em Goiana, afirmou que o
tucano não era um homem de respeito. No Recife, classificou Aécio de
candidato dos banqueiros e afirmou ser filhinho de papai.
Lula
chamou Aécio ainda de machista. O ex-presidente também atacou o
candidato do PSDB, pela forma que critica a presidente Dilma.
“Ela
aos 20 anos estava lutando pelo país. Ele (Aécio) aos 20 anos estava
aprendendo a ser grosseiro a ser mal educado”, finalizou o petista. Já a
presidente Dilma atribuiu ao PSDB uma terrível herança maldita e disse
ter orgulho de Lula. “Um nordestino respeitado no mundo inteiro”,
complementou.
O
tom de Dilma foi mais ameno quando se referiu a Pernambuco. Na
tentativa de recuperar os votos perdidos para Marina e Aécio no Estado,
afirmou que, sendo reeleita, não irá discriminar o Estado nem tampouco o
governador eleito Paulo Câmara, que hoje comanda a coligação que dá
sustentação à candidatura de Aécio.
FATOR RIO –
Os olhos de Dilma e Aécio estão voltados para o Sudeste, especialmente o
Rio de Janeiro. A diferença entre a presidente e o tucano naquele
Estado é de 12% nas contas petistas e de 10% nas dos tucanos. O objetivo
dos petistas é chegar aos 15 pontos de diferença. O dos tucanos é
reduzir a vantagem petista para cinco pontos. O Rio, segundo analistas,
pode decidir a eleição.