quarta-feira, 22 de outubro de 2014

No ataque contundente


  
A passagem de Dilma ontem por Pernambuco atraiu um grande público, tanto em Petrolina, logo cedo, por onde a agenda teve início, quanto em Goiana e Recife. Em Goiana, Dilma e Lula estiveram primeiro na Fiat e depois seguiram para o comício regional, que atraiu aliados de vários municípios da região.
O locutor citou a presença de delegações de vários municípios da Zona da Mata e também do Agreste, mas o local não ficou lotado, como se esperava. Havia muitos clarões. A forte segurança e a demora na chegada de Dilma podem ter colaborado para isso. Mal-educados, seguranças chegaram a bater boca com populares.
Já no Recife, uma multidão acompanhou a caminhada até a Pracinha do Diário, fazendo barulho, num clima de muita euforia, deixando a cidade avermelhada. O comício reuniu, segundo a Polícia Militar, 52 mil pessoas.
Ele ocorreu após a caminhada saída da Câmara dos Vereadores, passando pela Conde da Boa Vista, Avenida Guararapes e culminando na Praça da Independência.
Coube a Lula um papel especial: o de atacar Aécio. Em Goiana, afirmou que o tucano não era um homem de respeito. No Recife, classificou Aécio de candidato dos banqueiros e afirmou ser filhinho de papai.
Lula chamou Aécio ainda de machista. O ex-presidente também atacou o candidato do PSDB, pela forma que critica a presidente Dilma.
“Ela aos 20 anos estava lutando pelo país. Ele (Aécio) aos 20 anos estava aprendendo a ser grosseiro a ser mal educado”, finalizou o petista. Já a presidente Dilma atribuiu ao PSDB uma terrível herança maldita e disse ter orgulho de Lula. “Um nordestino respeitado no mundo inteiro”, complementou.
O tom de Dilma foi mais ameno quando se referiu a Pernambuco. Na tentativa de recuperar os votos perdidos para Marina e Aécio no Estado, afirmou que, sendo reeleita, não irá discriminar o Estado nem tampouco o governador eleito Paulo Câmara, que hoje comanda a coligação que dá sustentação à candidatura de Aécio.
FATOR RIO Os olhos de Dilma e Aécio estão voltados para o Sudeste, especialmente o Rio de Janeiro. A diferença entre a presidente e o tucano naquele Estado é de 12% nas contas petistas e de 10% nas dos tucanos. O objetivo dos petistas é chegar aos 15 pontos de diferença. O dos tucanos é reduzir a vantagem petista para cinco pontos. O Rio, segundo analistas, pode decidir a eleição.