Após ser citado pela ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Poza,
em mais um depoimento à CPI da Petrobras, o conselheiro do Tribunal de
Contas dos Municípios (TCM) Mário Negromonte se pronunciou em nota sobre
as acusações. “Nunca tive relação de negócios de qualquer natureza com a
empresa e as pessoas citadas pela contadora”, diz. O ex-ministro das
Cidades classifica como lamentável o fato do seu nome ser citado por
Meire “sem nenhuma prova e de forma irresponsável, deliberada e
proposital, tentando atingir a minha honra, colocando-me em negócios que
nunca participei”. Negromonte afirma ainda que a contadora está “a
serviço de pessoas que tiveram seus interesses contrariados” e que o
envolvimento de seu nome se deva “talvez por ter sido deputado federal,
líder do partido e ex-ministro”. Quanto a menção a indicação da compra
da empresa goiana Controle e Monitoramento de Veículos, cujos veículos
já saíam com o positivo de equipamento, segundo Meire, ele afirma:
“Nunca tratei deste assunto do sistema de bloqueadores de veículos fora
do Ministério das Cidades e quando foi tratado no ministério, estavam
presentes técnicos do Denatran, do ministério e representantes da
Anfavea”. Ele ainda ressalta que “a contadora esqueceu de detalhar que
existe um Projeto de Lei que vinha tramitando junto ao Ministério das
Cidades com o ex-ministro e o Denatran no governo passado, que obriga as
montadoras a implantarem o sistema bloqueador de veículos, porém, até
agora não foi implementado, pois a Anfavea vem solicitando
sistematicamente o adiamento ao atual governo. Com este sistema, será
possível reduzir drasticamente o roubo de carros no Brasil, que hoje
está próximo de 600 mil carros roubados por ano”.