O
ex-presidente Luiz Inácio da Silva disse, ao deixar a escola em que
votou neste domingo (26), em São Bernardo do Campo (SP), que está
"tranquilo" em relação às acusações do doleiro Alberto Youssef. Ele
teria dito que Lula sabia de esquema de corrupção da Petrobras, segundo a
revista Veja publicou na edição desta semana. "Estou tranquilo. Acho
que esse Youssef deve ter contado uma mentira. Eu não sei o que
prometeram a ele, porque o cara que está com delação premiada, ele
recebe promessa", disse. Lula afirmou ainda que seu nome pode ter mesmo
sido citado, mas afirmou que acredita em algum interesse eleitoral. "É
bem possível que ele tenha falado, ele está fazendo delação premiada.
Está recebendo prêmio de tempo de cadeia para ferrar alguém", disse. "Eu
sinceramente não sei o que prometeram a ele, possivelmente para fazer
campanha eleitoral", completou. O ex-presidente disse que está com
consciência tranquila e que não conhece Youssef. "Lamentavelmente, só
conheci esse cidadão pelas páginas policiais", afirmou. "Mas acho que a
gente não tem que ficar nervoso, nada como um dia após o outro", disse
Lula. Depois dessa fala, Lula brincou com o repórter do programa
humorístico Pânico, da Band, e pegou seus óculos, dizendo que era uma
demonstração de que não estava em pânico. Neste sábado, Lula já havia
desqualificado a reportagem da revista Veja, ao dizer que a revista teve
uma "atitude de má fé, leviana, mesquinha" para tentar influenciar as
eleições. Questionado sobre o fato de outros veículos, como O Estado de
S. Paulo e a Folha de S. Paulo, terem veiculado matérias sobre o tema,
Lula disse que os jornais "não confirmaram, eles reproduziram a Veja". O
ex-presidente disse ainda que está estudando se vai ou não processar a
revista. "Vamos pensar. Não tenho que tomar decisão agora. A Veja levou
quantos meses pensando nessa matéria? Por que eu tenho que pensar
agora?", disse. Lula havia dito, neste sábado, que após as eleições
deveria acionar a Justiça. "Da minha parte, a partir do processo
eleitoral, vai ter que explicar na Justiça. Não tem mais limite", disse,
no último ato de campanha.