Citado
em depoimento do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto
Costa à Polícia Federal (PF), o ministro de Minas e Energia, Edison
Lobão, está em férias desde esta segunda-feira (8) e permanecerá fora do
trabalho até sexta-feira (12). Em seu lugar, atuará como ministro
interino o secretário-executivo da pasta, Márcio Zimmermann. Lobão
passou o fim de semana no Maranhão e voltou ontem à noite a Brasília.
Ele está na capital federal, mas seu destino até o fim desta semana não
foi informado. A autorização para as férias do ministro foi publicada na
edição do dia 1º de setembro no Diário Oficial da União, em despacho da
presidente Dilma Rousseff. A publicação previa férias entre os dias 1º e
5 de setembro. Na edição do Diário do dia 2 de setembro, houve uma
retificação com o adiamento das férias do ministro para esta semana,
entre os dias 8 e 12 de setembro. Não é a primeira vez que Lobão entra
em férias neste ano. O ministro também saiu de férias entre os dias 28
de julho e 1.º de agosto. Lobão foi mencionado por Costa como um dos
supostos beneficiários do esquema de desvios de recursos e lavagem de
dinheiro investigado pela PF na operação Lava Jato. Procurado, o
ministro não se pronunciou sobre o assunto. Ao participar da série
"Entrevistas Estadão" realizada ontem, a presidente Dilma Rousseff disse
que Lobão negou participação no caso. "Ele deu explicações para mim e
por escrito. Ele nega veementemente tais fatos. (...) Quem faz a delação
pode não gostar de uma pessoa e acusá-la ou estar protegendo alguém. Já
que foi divulgado (o conteúdo do depoimento pelo portal do Estado e
pela revista Veja), eu tenho obrigação de querer saber." A presidente
garantiu ainda que qualquer funcionário público que estiver envolvido em
malfeitos será demitido. "As providências serão proporcionais ao
comprometimento da pessoa. Se a pessoa estiver comprometida, é
afastamento puro e simples."