sábado, 2 de agosto de 2014

Pai de Eloá deixa sistema prisional e vai responder crime em liberdade

Ex-militar, Everaldo Santos é acusado de integrar a 'Gangue Fardada'.
Ele cumpria pena no Núcleo Ressocializador da capital alagoana.


Pai da Eloá deixa sistema prisional na companhia de advogados (Foto: Arquivo Pessoal/Thiago Pinheiro)

Pai da Eloá deixa sistema prisional na companhia
de advogados
(Foto: Arquivo Pessoal/Thiago Pinheiro)
O ex-policial militar Everaldo Pereira dos Santos, acusado de integrar um grupo de extermínio em Alagoas, deixou o sistema prisional alagoano na tarde de sexta-feira (1). Ele é pai da estudante Eloá Cristina Pimentel, 15, que foi morta no dia 18 de outubro de 2008, após o namorado Lindemberg Fernandes Alves fazê-la refém em um apartamento na periferia de Santo André (SP).
Santos cumpria pena no Núcleo Ressocializador desde dezembro de 2009. Segundo confirmou a assessoria do sistema prisional, ele progrediu do regime fechado para o semiaberto. Como no estado não existe unidade prisional para o semiaberto e há a falta da tornozeleira eletrônica para monitoramento, o ex-policial militar deverá apenas comparecer mensalmente à Vara de Execuções Penais para justificar as tarefas diárias.
Everaldo Santos é acusado de integrar um grupo de extermínio que atuou na década 90 em Alagoas, conhecido como 'Gangue Fardada', por ser constituída por policiais militares. Ele foi condenado a revelia, por estar foragido, pelo assassinato do delegado da Polícia Civil de Alagoas, Ricardo Lessa, onde deveria cumprir a 33 anos em regime fechado.
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O advogado que defende o ex-militar, Thiago Pinheiro, explicou que Everaldo Santos cumpriu quase um sexto da pena e, por ter bom comportamento e trabalhar no período que esteve na prisão, teve o benefício do semiaberto concedido. “Vamos protocolar na próxima semana o pedido à Justiça para que ele cumpra o semiaberto na cidade de São Paulo, onde moram todos os seus familiares, incluindo esposa e filhos”, expôs o advogado.
Prisão
Everaldo Santos foi preso na casa de familiares, na periferia de Maceió, no dia 28 de dezembro de 2009, após ficar mais de um ano foragido. Na ocasião, a polícia alagoana chegou até ele depois de uma denúncia anônima.

Em Santo André, ele usava o nome de Aldo José da Silva, mas foi reconhecido como um dos integrantes da 'Gangue Fardada' e foragido da Justiça de Alagoas ao ser flagrado pelas câmeras quando passou mal no dia em que a filha Eloá Pimentel foi mantida refém pelo namorado Lindemberg Fernandes.

O ex-militar é acusado em Alagoas, junto com outros companheiros de farda, pela prática de diversos crimes, entre eles pistolagem, assaltos, roubos e desmanche de carros.