A candidata do PSB à
Presidência da República, Marina Silva, fez nesta quinta-feira um
discurso para agradar os produtores de etanol, em palestra na Feira
Internacional de Tecnologia Sucroenergética (Fenasucro), em Sertãozinho,
interior de São Paulo. Cercada por usineiros, a presidenciável criticou
a política adotada nos últimos anos pelos governos petistas para o
setor.
Num tom político, Marina
ainda destacou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez “apenas
propaganda” em relação aos investimentos no setor, mas “depois relegou a
produção do combustível”.
—
Cerca de 70 usinas foram fechadas, 40 estão em processo de recuperação
judicial. Milhares de empregos foram perdidos. É prejuízo para o
equilíbrio ambiental — afirmou Marina, sendo aplaudida pela plateia.
Para a candidata do PSB, o investimento no combustível ajuda a combater os efeitos do aquecimento global.
— Vocês fizeram o dever de
casa, se ajustaram, acreditaram na propaganda do governo, assumiram
compromissos, para fornecer uma fonte de energia que deveria ser
estimulada e apoiada.
Antes do discurso de
Marina, o vice da chapa, deputado Beto Albuquerque (RS), que defendia na
Câmara bandeiras do agronegócio, introduziu a presidenciável para a
plateia e frisou que o programa de governo da candidata é o mesmo que
tinha sido aprovado por Eduardo Campos, antes de sua morte, no último
dia 13.
Ainda no evento, a candidata também aproveitou para rebater críticas do presidenciável Aécio Neves (PSDB), que
afirmou na véspera que o país não pode ser governado por amadores,
dizendo que era melhor ser “amador” do sonho do que “profissional das
escolhas incorretas”.