sexta-feira, 25 de julho de 2014

Novo processo acusa o doleiro Alberto Youssef por evasão de divisas


Novo processo acusa o doleiro Alberto Youssef por evasão de divisas


A Justiça Federal no Paraná abriu nesta quinta-feira (24) novo processo criminal contra o doleiro Alberto Youssef, alvo da Operação Lava Jato, desta vez por operação irregular de instituição financeira e evasão de divisas, no valor de US$ 78,2 milhões, mediante 1.114 contratos de câmbio fraudulentos envolvendo duas empresas offshore. Para executar a fuga de capitais, segundo a Procuradoria da República, Youssef celebrou, por meio de operadores, contratos de câmbio para pagamento de importações fictícias. É a quinta ação penal contra o doleiro no âmbito da Lava Jato, deflagrada em 17 de março – outros dois processos, oriundos do caso Banestado, foram reabertos nas últimas semanas porque ele quebrou acordo de delação premiada firmado naquela investigação. A nova ação contra Youssef envolve outros sete investigados, entre eles a doleira Nelma Kodama e João Procópio de Almeida Prado – apontado pela PF como laranja do doleiro. O grupo teria realizado a evasão de quase US$ 80 milhões no período entre junho de 2011 a março de 2014 por meio das offshores DGX Imp. and Exp. Limited e RFY Imp. Exp. Ltd. Outro denunciado, Rafael Angulo Lopez, trabalhava na GFD e seria o responsável pela parte financeira de Youssef, “realizando as atividades de saque, entrega, recebimento de valores e transporte de dinheiro em espécie, reais e dólares”. Quando a Lava Jato foi deflagrada, a PF apreendeu em um cofre na sala de Lopez R$ 1,39 milhão e US$ 20 mil, além de uma maleta com cerca de R$ 500 mil. A Justiça não decretou a prisão de Lopez, mas impôs medidas cautelares, como a proibição de deixar o país. O Ministério Público Federal requereu nova ordem de prisão contra Youssef, mas o juiz Sérgio Moro avaliou que “já há várias prisões preventivas pendentes e que foram decretadas em outros autos”. “A imputação ora recebida, de manutenção de depósitos não declarados no exterior, não a justificaria, por si só”, disse na decisão. Procópio, Lopez e Costa negam os crimes a eles atribuídos. O advogado Luiz Gustavo Flores, que integra a equipe de defesa de Youssef, não respondeu ao contato da reportagem.