O
que se ouve nos bastidores e nos corredores do Tribunal Regional
Eleitoral é que, dificilmente, os 15 proporcionais alvos de pedido de
impugnação de suas candidaturas pelo Ministério Público Federal consigam
sair ilesos. Evidentemente que os casos e processos são diferentes, mas
o enquadramento é um só: na Lei da Ficha Limpa.
A
lista dos 15 está publicada em todos os sites, blogs e jornais do
Estado. A maioria é composta por ex-prefeitos, mas tem também deputados
no exercício do seu mandato. Todos, sem exceção, cometeram
irregularidades graves quando administraram seus municípios ou Câmaras
de Vereadores. Segundo a leitura do MPF e da Procuradoria Regional
Eleitoral, os erros são insanáveis.
Até
agosto, esses pré-candidatos terão a clareza se poderão continuar no
páreo ou se recorrerão ao artifício legal de concorrer sub judice. Nesta
situação, correm riscos de serem votados ou até eleitos, mas não terem
seus votos computados na apuração das urnas.
Situação
desconfortável e complicada, até para se apresentar ao eleitorado, que
já irá receber o candidato com olho enviesado, pelo fato de ter entrado
no rol dos fichas sujas. Candidato que passa a campanha inteira se
explicando já dá a largada com o pé errado, sem a capacidade de
convencimento.
O
pior é que o eleitor, cada vez mais esclarecido com a consolidação da
internet, que democratizou o acesso a todo tipo de informação, abrindo
por outro lado a tribuna das redes sociais, resiste a um candidato que
pode levá-lo a desperdiçar o seu voto.
FICHAS SUJAS
– A Procuradoria Geral da República publicou o primeiro balanço de
pedidos de candidaturas impugnados pelas Procuradorias Regionais
Eleitorais. Eles analisaram praticamente 10 mil pedidos, em 13 estados
brasileiros, para as eleições de outubro. Das 414 impugnações, 198 são
em decorrência da Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135/2010).
No estaleiro -
A presidente Dilma, segundo Ilimar Franco, tem mancado nos últimos
dias. Ela tropeçou carregando o neto, Gabriel. E para não cair acabou
batendo a perna na quina de uma cadeira. No futebol é assim: há risco de
contusão mesmo estando fora de campo.