quinta-feira, 17 de julho de 2014

Fichas sujas na marca do pênalti


   
O que se ouve nos bastidores e nos corredores do Tribunal Regional Eleitoral é que, dificilmente, os 15 proporcionais alvos de pedido de impugnação de suas candidaturas pelo Ministério Público Federal consigam sair ilesos. Evidentemente que os casos e processos são diferentes, mas o enquadramento é um só: na Lei da Ficha Limpa.
A lista dos 15 está publicada em todos os sites, blogs e jornais do Estado. A maioria é composta por ex-prefeitos, mas tem também deputados no exercício do seu mandato. Todos, sem exceção, cometeram irregularidades graves quando administraram seus municípios ou Câmaras de Vereadores. Segundo a leitura do MPF e da Procuradoria Regional Eleitoral, os erros são insanáveis.
Até agosto, esses pré-candidatos terão a clareza se poderão continuar no páreo ou se recorrerão ao artifício legal de concorrer sub judice. Nesta situação, correm riscos de serem votados ou até eleitos, mas não terem seus votos computados na apuração das urnas.
Situação desconfortável e complicada, até para se apresentar ao eleitorado, que já irá receber o candidato com olho enviesado, pelo fato de ter entrado no rol dos fichas sujas. Candidato que passa a campanha inteira se explicando já dá a largada com o pé errado, sem a capacidade de convencimento.
O pior é que o eleitor, cada vez mais esclarecido com a consolidação da internet, que democratizou o acesso a todo tipo de informação, abrindo por outro lado a tribuna das redes sociais, resiste a um candidato que pode levá-lo a desperdiçar o seu voto.
FICHAS SUJAS – A Procuradoria Geral da República publicou o primeiro balanço de pedidos de candidaturas impugnados pelas Procuradorias Regionais Eleitorais. Eles analisaram praticamente 10 mil pedidos, em 13 estados brasileiros, para as eleições de outubro. Das 414 impugnações, 198 são em decorrência da Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135/2010).
No estaleiro - A presidente Dilma, segundo Ilimar Franco, tem mancado nos últimos dias. Ela tropeçou carregando o neto, Gabriel. E para não cair acabou batendo a perna na quina de uma cadeira. No futebol é assim: há risco de contusão mesmo estando fora de campo.